Faça certo hoje para que seja possível melhorar o amanhã

A economia está ruim! O mercado não está comprador! A burocracia é muito grande! Não consigo as licenças ambientais! Essas são só algumas das reclamações que tem se ouvido dos empreendedores nos últimos tempos. De fato empreender no Brasil “não é para amadores”.

Recentemente assisti a uma palestra em que o expositor colocou a seguinte frase em um de seus slides: “O varejo brasileiro imita os americanos, mas os impostos são belgas, a infraestrutura é africana, as leis norte-coreanas, e os empresários são do Cirque Du Soleil, porque só com malabarismo para aguentar…”. Tragicômico.

O objetivo do presente artigo é dizer que o empreendedor na atual conjuntura brasileira tem duas possibilidades:

1. Fazer coro a todas essas reclamações e inclusive justificar alguns de seus equívocos ou fracassos nessa conjuntura;
2. Sabendo que existem todos esses problemas, preparar-se para enfrenta-los adequadamente e com isso evitar equívocos e fracassos.

Por óbvio, entendemos que a atitude correta a se tomar é a n. 2. Mas para isso, é necessário estudar muito e antecipar todos os problemas que costumam afetar empreendimentos similares ao que se quer implantar. E sim, isso é possível. Na área ambiental, por exemplo, os embargos de obras, as ações civis públicas e até mesmo as ações criminais ocorrem quase sempre em situações que, caso tivessem sido antecipadas, poderiam ter sido evitadas.

Quanto a conjuntura difícil de se enfrentar, entendemos que os setores da economia devem sim trabalhar para muda-los e assim melhorar o ambiente de negócios no país. E isso deve ser feito a partir das instituições que representam os diversos setores. Atuação junto aos poderes legislativo e executivo propondo normas e ações que deem mais agilidade e segurança jurídica, por exemplo, bem como atuando junto ao Judiciário, a fim de que se criem bons precedentes, são medidas que se impõe.

Dessa forma, conhecendo o cenário atual e antecipando os riscos o empreendedor poderá atuar no atual momento e fortalecendo as instituições que representam os setores da economia estará preparando um futuro melhor.

Por Marcos André Bruxel Saes

Publicado em: 15/05/2018