Que a espécie humana é a mais impactante a pisar nesta Terra ninguém duvida. Todavia, cá estamos e, sendo este nosso lar, imperativo saibamos conviver e utilizar os recursos naturais de forma equilibrada, assegurando futuro sustentável para os que nos seguirão.
O dever de promover o desenvolvimento sustentável, no entanto, não pode ser pautado por ótica extremista, simplesmente suprimindo o desenvolvimento da equação.
Ao longo dos séculos, notadamente com a evolução tecnológica, foi sendo talhado o modo de vida predominante nas sociedades modernas, alçando-se a objetivo – ainda que muito distante em certas localidades – assegurar energia elétrica, saneamento, água encanada, moradias de qualidade, estradas pavimentadas e outras benesses para todos.
A busca por qualidade de vida somada ao aumento populacional impõe, por certo, a ampliação das fontes de geração de energia elétrica e da infraestrutura como um todo, impactando inexoravelmente o meio ambiente, sendo ainda muito recente a conscientização acerca da necessidade de se perquirir instrumentos alternativos e menos agressivos.
Qualquer cerceio deve, pois, ser tomado com cautela e bom-senso, primando-se pela imposição de medidas mitigatórias e compensatórias ao invés da direta interdição ou demolição. A indesejada destruição dos recursos naturais não tem como única alternativa a regressão ao passado.
Não que o temor de apagões, por exemplo, seja escusa para se construir o que se bem entender, independentemente dos danos. Pelo contrário. No entanto, demanda razoabilidade.
É que, no tudo ou nada, quem perde é a população.
Por Beatriz Campos Kowalski
Publicado em: 30/05/2017
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